HANSENIASE 


    A hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências  mais remotas datam de 600 anos Antes de Cristo, e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença
    A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen. O bacilo de Hansen é um micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos.
   A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico.

COMO SE PEGA A HANSENÍASE

Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis.
O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo.
O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar.
Importante: Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença.
Ela não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira.
 
Apesar de não haver uma forma de prevenção especifica,  existem medidas que podem evitar novos casos e as formas multibacilares, tais como:
• diagnóstico e tratamento precoces;
• exame das pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente;
• aplicação da BCG.

QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS

• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
• Área de pele seca e com falta de suor;
• Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
• Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber;
• Sensação de formigamento (Parestesias);
• Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés;
• Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
• Úlceras de pernas e pés.
• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
• Febre, edemas e dor nas juntas.
• Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
• Ressecamento nos olhos.
Locais do corpo com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.



COMO TRATAR

O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. Os medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, conforme a classificação operacional, sendo:
• Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 meses;
• Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses em até 18 meses;
O paciente vai ao serviço mensalmente pegar a medicação para as doses que ele toma diariamente em casa
.
A Hanseníase está inserida nas ações de atenção básica, sendo as unidades de saúde municipais elementos importantes para o desenvolvimento das atividades de prevenção e controle da doença, além de estarem qualificadas para diagnosticar e tratar os casos confirmados, bem como realizar atividades de vigilância, busca e monitoramento de seus contatos. A cura da doença sem instalação de incapacidades e deformações depende do diagnóstico precoce e conhecimento dos sinais e sintomas.

IMPORTANTE
 A HANSENÍASE NÃO É HEREDITÁRIA, TEM TRATAMENTO E CURA.


Fonte: Miniterio da Saúde
 

2 comentários:

  1. como alguém pode ser contra um trabalho tão bonito, informativo e tão eficiente? parabéns para toda a equipe. Leonardo.

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  2. ESSA PUBLICAÇÃO É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA O ESCLARECIMENTO DOS PACIENTES SOBRE A HANSENÍASE;NOS ENSINANDO QUE DEVEMOS OLHAR COM MAIS ATENÇÃO AS MANCHAS DE PELE.PARABÉNS EQUIPE 3.
    FERNANDA MARTINS

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